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Resenha: Laços do Espírito, Richelle Mead

13:38neo

Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras | Aura Negra | Tocada Pelas Sombras | Promessa de Sangue | Laços do Espírito | O Último Sacríficio
Richelle Mead
Agir

Depois de uma longa e dolorosa viagem à Sibéria, terra natal de seu amado Dimitri, Rose Hathaway finalmente voltou à escola e reencontrou sua melhor amiga, Lissa. A formatura se aproxima, e elas mal podem esperar pela vida que vão ter além dos portões da São Vladimir. No entanto, o coração de Rose dói cada vez que se lembra do que passou na Rússia o fracasso em salvar Dimitri e do que ainda precisará enfrentar. Sua jornada inclui libertar o perigoso Victor Dashkov da prisão de segurança máxima e encontrar Robert Doru, o único que possui informações para resgatar Belikov das terríveis profundezas de sua condição de Strigoi. A vampira acredita existir apenas uma chance em um milhão, até porque Dimitri continua sua perseguição para matá-la. Sentenças de morte e declarações de amor se confundem, e ela precisa correr contra o mais implacável dos inimigos: o tempo. E, dessa vez, Rose prometeu a Lissa que a levaria junto. Será que a princesa Moroi terá forças quando souber o que a espera? Em “Laços do espírito”, Richelle Mead continua a saga que renovou a literatura de vampiros e apresenta uma história repleta de dilemas, intrigas políticas e emoções extremas que vai conquistar mais uma vez os leitores.
Esse foi o livro que acabou com qualquer chance de eu continuar gostando (o mínimo possível) de Academia de Vampiros. Há tantas coisas erradas com ele que eu mal sei por onde começar, para vocês terem uma ideia. Laços do Espírito me fez revirar os olhos em praticamente toda página, e os culpados, infelizmente, não foram apenas os personagens.

A escrita dessa série veio piorando com cada livro, mas em Laços do Espírito eu comecei a me perguntar o que diabos tinha acontecido com a autora. Não me lembro de as coisas serem tão ruins assim no primeiro volume; quero dizer, é um YA e YAs geralmente possuem escritas mega simples, mas isso nunca me incomodou muito porque sei que é regra do gênero, então quando abro um livro como esse procuro me focar apenas na história e ignorar a escrita simples (que, como vocês provavelmente já sabem, não é minha preferida). Em Laços do Espírito, porém, a escrita não é simples; é ruim. Muito ruim.

Por que é ruim? Porque a quantidade de tell é estupidamente gigante e a de show surpreendentemente pequena. Rose passa o livro todo relatando pra gente o que está acontecendo e como ela está se sentindo, mas raras – quase inexistentes – são as vezes em que realmente nos é mostrado o que ela está sentindo. Como se conectar a um livro assim? Não rola, e olha que eu tentei pelo bem da minha sanidade.

E, é claro, os personagens foram de mal a pior. Rose mesmo perdeu todo o respeito que eu tinha por ela e Dimitri se tornou ainda mais chato. O romance então… Tão melodramático que parecia roteiro de novela mexicana. O motivo que a autora encontrou para mantê-los separados dessa vez foi muito ridículo. Tive vontade de socar Dimitri por manter a Rose longe por um motivo tão estúpido e de chutar a Rose por insistir nele tanto e de um jeito tão pedinte.

E obviamente a Rose continua cometendo erros sem ser punida por isso. Em um momento do livro ela causa a morte de mais de dez pessoas e só pensa nisso por tipo, dois parágrafos. Tipo, você causou a morte de mais de dez pessoas, querida!!!!Acorda!!!

Tal episódio não é mencionado depois.

Ah, e perdoe-me, ela é punida sim. Pelo Eddie. Que fica sem falar com ela durante algumas páginas.

Incrível.

Movendo para a estrutura do livro, o ponto mais “ohh” da história acontece um pouco depois da metade e praticamente nenhuma expectativa é criada para esse acontecimento. Quando vi que tudo tinha se resolvido fiquei tipo, “mas já?”, porque, sinceramente, pelo fim do livro quatro eu estava esperando algo tão mais… Grave, acho? Sabe, algo que fosse realmente ser difícil e empolgante, mas essa metade do livro passou tão rápido e apesar de acontecer muita coisa, nada pareceu ser difícil ou sei lá, não houve tensão nenhuma, nada que me fez ficar “e agora?”

O resto do livro foi enrolação e melodrama até o dito cujo terminar com um cliffhanger que seria perfeito se a obra tivesse sido boa. Não foi, então minha empolgação para começar o livro seis depois de terminar esse estava no inferno de tão baixa. Uma estrela para Laços do Espírito, e uma apenas porque não tem como dar nenhuma.

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