a canção da fúria como comecei a escrever

Escrita: Como As Crônicas de Erne se tornou A Canção da Fúria

15:46neo


Eu queria uma história ambientada em um mundo tão fantástico quanto o de O Senhor dos Anéis, então obviamente acabei copiando as principais características de Arda.

É sério. O mundo - que na época se chamava Erne - era praticamente Arda em um universo alternativo; havia dois reinos humanos (equivalentes a Gondor e Rohan, claro), dois reinos élficos (tipo Lothlórien e Mirkwood) e até mesmo um reino anão, e o "clima" de tudo era muito parecido com o de O Senhor dos Anéis. A protagonista se chamava Nienna e era uma princesa (élfica, óbvio) que havia sido expulsa de seu reino (nem lembro o motivo) e que tinha se tornado mercenária. A história começava quando o amigo mais próximo de Nienna (o único, na verdade), Leori - sim, ele mesmo, para quem já leu alguma versão postada de O Olho da Serpente - lhe convida para ser a guia de um grupo que está planejando uma viagem para a região onde o reino élfico de Nienna era situado. Meio à contragosto, ela aceitava a proposta.

Por que o grupo - que incluía Secklos, Aart e um humano cujo nome nem lembro - estava indo para a região do reino de Nienna? Eu não fazia a mínima ideia. O que aconteceria uma vez que eles chegassem lá? Também não sabia. Como diabos aquela história, cujo título eu já tinha decidido ser Enyn Lenare (zero ideia do que isso significava na época), daria continuidade em mais outros dois livros da trilogia As Crônicas de Erne? Novamente, eu não fazia ideia. 

Como podem ver, a coisa toda foi "tenho uma ideia de um personagem - Nienna -, então vou começar a escrever do nada mesmo porque provavelmente coisas vão aparecer" com o único problema de que nada apareceu e de que Nienna era uma completa Mary Sue. Ela era boa em tudo; magia (que eu também não fazia ideia de como funcionava), arquearia, luta com espadas, etc, e ainda era muito inteligente e bem bonita. Gosto de pensar que eu estava tentando criar uma personagem feminina tão incrível quanto os homens que eu tinha visto em todos aqueles, livros, filmes e jogos, mas a verdade é que eu não sabia escrever ou construir personagem, e estava fazendo tudo "às cegas" mesmo. Nem preciso dizer que a história não foi pra frente. Escrevi umas 30 ou 40 páginas e deixei tudo de lado. Para mim, eu ainda era muito nova (11 anos na época) e provavelmente conseguiria escrever o que vinha depois quando fosse mais velha (ou seja, sou a alma da preguiça desde sempre).

Dois anos se passaram sem que eu escrevesse muita coisa. A história ainda estava na minha mente, mas a ideia de que eu era muito nova ainda estava entranhada no meu modo de pensar, então eu nem dei muita atenção à As Crônicas de Erne ou a qualquer outra coisa. Mas com 13 anos, na sétima série, descobri que uma das minhas colegas também escrevia, mas ela escrevia romance paranormal e não fantasia. Eu nunca tinha encontrado outra pessoa que gostasse de escrever, então fiquei super animada e disse que queria escrever também. Ela  perguntou o quê. Eu menti dizendo que ainda não sabia. Por fantasia ser considerado algo predominante masculino, fiquei com vergonha de admitir que praticamente só gostava desse gênero. 

Essa minha colega (chamemos-a de K) postava sua história em um blog e tinha muitos leitores. A coisa toda me deixou fascinada. Nunca tinha pensado em postar nada meu na internet e a ideia de publicar um livro era (ainda é) algo estupidamente distante, possível talvez em um futuro muito, muito longe. Ela terminou o livro em alguns meses, que ficou com mais ou menos 100 páginas (era bem pequeno mesmo) e seus leitores imploraram para que ela tentasse publicar, mas K disse que era só um hobby e que jamais tentaria publicar nada. Eu fiquei até atordoada com isso; nem imaginava que houvesse algum escritor que não quisesse publicar um livro na época.

O fato de K - e outra colega minha, que chamarei de P - estar escrevendo um livro me fez perceber que talvez eu não fosse tão nova assim. Resolvi voltar a escrever e comprei um caderninho. O único problema foi que a história que eu comecei naquele dia foi um romance.


Sim, eu cheguei a tentar escrever um romance. Era o que P e K escreviam, então eu meio que...fui na onda (ô maria vai com as outras, hein?). A coisa infelizmente (ou não) não durou mais do que duas semanas. Escrevi seis capítulos minúsculos e desisti. Eu até fazia ideia de onde a história estava indo, mas não estava lá muito interessada em continuar e tudo estava me deixando entediada. Cheguei à conclusão de que simplesmente não nasci para escrever algo sem pelo menos um elemento sobrenatural ou fantástico e parti pra outra.

E essa outra foi o romance paranormal.

Dessa vez a coisa fluiu. Escrevi dez capítulos e mais de 80 páginas, mas o par romântico da protagonista sequer apareceu (porque eu + romance = error). Essa história, que se chamava Solitude, era praticamente As Crônicas de Erne no nosso mundo. Nienna passou a se chamar Natasha e não era mais uma princesa, mas sim a última de uma família de descendentes de anjos extremamente poderosa. No mundo de Solitude a guerra mais cliché de todos os tempos se desenrolava; de um lado, descendentes de anjos e do outro descendentes de anjos caídos. Os anjos caídos estariam em maior número e os anjos, sempre protegidos por sete famílias reais, estariam entrando em extinção graças ao assassinato dessas famílias e a queda dos escudos que protegiam sua cidade secreta, Smeriard. Um dos aspectos que eu mais gostava nessa história é justamente as sete famílias, já que cada uma tinha seu próprio símbolo e "governava" uma parte do mundo (os humanos não sabiam de sua existência, mas elas tinham muita influência nos países/continentes em que se encontravam).

Solitude foi postada online, em um blog. Eu não fazia ideia de como divulgá-lo, então não tinha leitores e, sem saber o que fazer, acabei abandonando-o. Nessa época acabei descobrindo a comunidade de uma história, Sacerdotes, no Orkut, e lá havia um tópico chamado "escritores da comunidade" onde praticamente todo mundo só escrevia fantasia. Me animei de novo para As Crônicas de Erne e foi aí que a história ganhou sua segunda versão.

Essa nova versão se chamava A Herdeira dos Elfos e era muito mais parecida com A Canção da Fúria. Nienna passou a se chamar Linnea (porque eu li O Silmarillion e descobri que uma das "deusas" de Tolkien se chama Nienna, então achei melhor mudar), Leori continuou se chamando Leori, Aart continuou Aart e Secklos, que viria a se chamar Lieth no futuro, continuou Secklos mesmo. Os principais elementos da história como ela é hoje foram introduzidos aqui: Linnea sem memórias e bem mais nova, a existência da Outra, Leori e Linnea sendo perseguidos pelos draanils por motivos desconhecidos, os lobos da floresta, etc.

O primeiro livro passou a se chamar A Ladra e o Mestiço, e os outros dois se tornaram A Ladra e a Princesa e A Ladra, o Dragão Negro e o Traidor (sim, muito originais, eu sei). Comecei a escrever o primeiro e a postá-lo em uma comunidade no Orkut que levava o nome da série. Dessa vez consegui divulgar e por isso a comunidade chegou a ter o incrível total de 100 membros, dos quais apenas uns cinco ou seis comentavam a cada capítulo postado. Foi uma experiência ótima, mas eu ainda não sabia bem para onde a história estava indo, embora dessa vez tivesse uma vaga ideia do que aconteceria em cada livro da trilogia.

Eventualmente acabei parando de postar justamente por causa da falta de planejamento e porque estava achando tudo horrível. Me afastei da escrita mais uma vez, mas apenas por algumas semanas, e acabei por fim migrando para a Só Webs, uma comunidade onde todo mundo podia criar um tópico e postar sua história sem maiores problemas.

Uma coisa que ajudou muito minha escrita foi as Competições de Texto da SW. Quando eu cheguei lá, em novembro de 2010, elas funcionavam assim: alguém no tópico dava um tema, três palavras e um tempo, que podia variar de 30 minutos a uma ou duas horas, e quem quisesse/estivesse no tópico escrevia um texto baseado nesse tema que tinha que ter essas três palavras. Ao final do tempo dado, a pessoa que tinha escolhido o tema avaliava todos os textos e indicava no que o escritor tinha que melhorar (na opinião dela, claro).

Escrevi muito nessas Competições de Texto, as CTs, tanto que cheguei a ter 100 páginas só de textos, a maioria bem curtos, com uma página ou menos. Fiquei só nos tópicos de CT por algum tempo, até que no início de 2011 tomei coragem e comecei a postar Solitude lá na SW. Não postei A Ladra e o Mestiço porque não tinha uma história sequer de fantasia em mundo secundário na comunidade, então fiquei com medo de não conseguir leitores. Solitude me pareceu bem mais compatível com o gosto das pessoas que frequentavam a SW.

Mas a empreitada não foi lá um sucesso. Em mais de quatro meses de postagem mal consegui 1.500 posts no tópico de Solitude e aquilo me desanimou pra caramba, mas valeu muito a pena; até hoje sou amiga de uma pessoa que conheci enquanto postava Solitude (oie, Mells <3) e a própria experiência me fez ver mais ou menos o que o leitor esperava da história, assim como tinha acontecido quando postei A Ladra e o Mestiço em uma comunidade própria.

Depois dessa decepção coloquei Solitude na gaveta e comecei a pensar em outras histórias. Durante boa parte de 2011 tive uma "explosão de ideias" que culminaram em vários projetos que tenho hoje: Império de Sangue, Lynrië, Arcanjo, Lyon Ω1307, Rosas Sangrentas, Inverno, Língua dos Lobos e até mesmo uma outra história derivada também de As Crônicas de Erne, chamada A Guardiã de Ethryon, que conserva muito mais características da versão original do que A Canção da Fúria. Cheguei a postar previews de Lynrië, Império de Sangue e Rosas Sangrentas na SW (previews eram tópicos em que os autores postavam trechos ou perfis de personagens da história para atrair leitores até que o tópico oficial fosse criado), mas nada foi pra frente. Eu simplesmente não gastava tempo algum planejando nada, mas estava de volta à fantasia, sendo ela urbana (Rosas Sangrentas, Língua dos Lobos e Lyon Ω1307), alta (LynriëImpério de Sangue, Inverno e A Guardiã de Ethryon) e até mesmo minha primeira (e única) fantasia (quase) histórica (Arcanjo). Essa época foi muito boa pra mim porque foi literalmente o período em que tive mais ideias e que explorei mais o que me agradava em livros que eu lia e que portanto era o que eu queria escrever.

No final de 2011 finalmente tomei vergonha na cara e me preparei para postar uma nova versão de A Herdeira dos Elfos na SW. Como sou a rainha da originalidade (ha ha ha), mudei o nome da série para Linnea apenas e ela se transformou em um ciclo de quatro livros intitulados Lua Vermelha, Fogo e Gelo, Sol Negro e Fúria Sombria. Muitos outros elementos da versão de hoje foram introduzidos aqui: a profecia da Lua Vermelha e do Sol Negro, Amon-Elth, uma total reformulação dos elfos e draanils, que ganharam cada um cinco linhagens, a exclusão dos anões, a criação de um vilão em forma de pessoa, o Layel (antigamente só o reino dos draanils que era o inimigo e fim) e, o que considero talvez o mais importante, a criação do Cataclismo.

A preparação das previews de Lua Vermelha foi um ponto em que "investi" muito. Fiz cinco, com cerca de duas semanas de intervalo entre cada, uma sobre a história no geral, outra sobre Linnea e Leori, a terceira sobre a Outra, a quarta sobre os elfos de Lithrien e a quinta e última sobre os elfos de Ilidriel. Lua Vermelha estreou na SW em 21 de janeiro de 2012 e fez muito mais sucesso do que eu jamais tinha imaginado. Postei-a por cerca de nove meses e quando decidi parar, no final de 2012, o tópico já chegava a 130 mil posts. A comunidade da história chegou a acumular 500 membros, muito mais do que os 100 de A Herdeira dos Elfos ou os 150 de Solitude.

Nunca escrevi tanto quanto escrevi nesses nove meses em que postei Lua Vermelha. Foram 350 páginas e 19 capítulos que quase completaram a primeira parte da história, Névoa. Nesse meio tempo acabei reescrevendo e mudando várias coisas que originaram uma nova versão, com o mesmo nome e o mesmo número de livros, mas que introduziu Lífthrasir, o antagonista atual, que considero muito melhor que Layel (que era praticamente malvado por ser malvado) e a conspiração pela trono de Anaruen. Descobri nesses nove meses que também só funciono a feedback: alguém pedia para eu postar algo e eu escrevia na hora mais de 800 palavras, chegando a repetir esse processo até dez vezes um dia. Escrevi tanto que finalmente planejei a história até o final; acredito que se eu tivesse continuado Lua Vermelha teria sido escrito por completo.

Mas eu parei, e parei por achar tudo um horror. Minha escrita naquela época era basicamente um festival de infodump e de personagens rasos (a Linnea continuava uma Mary Sue, e uma Mary Sue chata e mandona). Nessa época a SW já dava alguns sinais de que estava definhando; os autores das webs mais famosas há muito tinham deixado a comunidade, as CTs eram cada vez mais raras e a comunidade que antes mal chegava a ficar 2 minutos sem um comentário em um dos tópicos via cada vez mais intervalos de 5 ou 10 minutos entre um post e outro. Com o tempo eu e minhas amigas mais próximas, que conheci através da postagem de Lua Vermelha, deixamos a SW.

2013 trouxe a quinta versão da série, que continuou com quatro livros, mas passou a se chamar As Crônicas do Exílio. Reescrevi quase 300 páginas e já na metade do ano voltei a achar a escrita horrível. Resolvi reescrever de novo, dessa vez usando pela primeira vez o In Media Res, que literalmente significa "no meio das coisas", ou seja, decidi começar Lua Vermelha no que seria uma reformulação no seu quarto capítulo. Essa sexta versão só teve cinco capítulos antes que eu desistisse mais uma vez.

Passei meses sem escrever nada. Usava a desculpa de que estava no terceiro ano, mas na verdade eu já estava cismada com o início da história e não queria escrever para ter que apagar e começar de novo depois. Mas no início de 2014 voltei para a história e a reformulei mais uma vez, dessa vez de forma precisa e eficiente.

Lua Vermelha, Fogo e Gelo, Sol Negro e Fúria Sombria se tornaram O Olho da Serpente, O Coração do Caos, Os Ossos do Mundo e A Canção do Silêncio, e As Crônicas do Exílio passou a se chamar Aëssya. O reino humano de Gorgonak desapareceu e em seu lugar foram criados Yanthir, Narsak e Myzar, que junto com Anaruen se tornaram o Ciclo Humano dos Três Continentes. A diversidade dos personagens, que começara na primeira versão de Lua Vermelha com alguns poucos personagens LGBTQ, aumentou em O Olho da Serpente, onde Yanthir era um reino formado principalmente por pessoas de pele escura e onde Anaruen se tornou ainda mais miscigenado. Os primeiros elfos e draanils morenos, mulatos e negros também foram criados pela primeira vez aqui.

Além disso, os deuses antigos e vazios que eu tinha criado para a série até então foram substituídos pelo Dragão e pela Serpente dos elfos, draanils e humanos de Anaruen, pela Fênix de Narsak e Myzar e pela cobra de duas cabeças de Yanthir. Os tremores, as placas de fogo e gelo e suas pontes também apareceram em O Olho da Serpente e se tornaram decisivos para o clima e para o rumo da história. E finalmente mais POVs foram introduzidos além do da Linnea, que tinha dominado todas as versões até então.

Postei O Olho da Serpente no Tumblr, mas não consegui um número ativo de leitores e, por ser preguiçosa, desistente e movida à feedback, desisti de postar no terceiro capítulo. E mais uma vez, agora em sua sétima versão, a história de Linnea e companhia voltou pra gaveta.

Desde que parei de postar em junho venho fazendo algumas alterações na história e pesquisando mais sobre tudo, além de estar estudando mais sobre caracterização e ritmo. No NaNoWriMo cheguei a escrever 6 mil palavras da oitava versão, mas parei por causa da faculdade. Pretendo começar novamente em breve, após ter tudo, absolutamente tudo, sobre os reinos, personagens, religiões e lugares pronto. A única coisa que sei até agora é que Anaruen se tornou Évora, Narsak se tornou Saveni e Myzar, Deva. Yanthir ainda terá seu nome alterado, mas Ilidriel já se tornou Narovia e Lithrien, Mioveni, e alguns personagens tiveram suas aparências físicas alteradas (e seus nomes também) para dar um pouco mais de diversidade à história. A personalidade de Linnea, que vinha se modelando e deixando o reino das Mary Sues desde As Crônicas do Exílio, finalmente está quase completamente definida, mas vários outros personagens ainda precisam de reforma.

Os nomes dos livros nessa última versão permanecem os mesmo, com exceção do último, que passou de A Canção do Silêncio para A Melodia do Silêncio para que a série pudesse se chamar A Canção da Fúria. Fúria essa, aliás, que desde Aëssya já era o novo nome do Cataclismo.

Nesse meio tempo tive a ideia para um novo projeto, que acabou se dividindo em O Príncipe Corvo, uma série de high/dark fantasy, e em uma história que nem sequer ganhou nome antes que eu decidisse juntá-la à velha Solitude, agora completamente reformulada e atendendo pelo nome de Aliunde, que (provavelmente) ganhará um conto em breve.

Bem, é isso. As Crônicas de Erne se tornou A Canção da Fúria e agora se aproxima do seu aniversário de oito anos, mas ainda estou no capítulo um. Quem sabe 2015 não é o ano em que eu enfim termino o primeiro volume dessa história?

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4 comentários

  1. Acho que o problema da maioria das pessoas que começam a escrever fantasia é sempre tentar fazer séries de 3, 4 ou até 5 volumes. Tenta ler depois On Writing do Stephen King, onde ele fala um pouco sobre como "aprendeu a escrever", da algumas dicas e tudo mais, no meu caso me ajudou bastante. Enfim muito interessante sua historia e boa sorte. =]

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    1. Já li o começo desse livro, mas parei por pura preguiça. Vi que agora ele vai ser lançado aqui no Brasil e assim que sair vou comprar. E sim, esse é um problema. Quando comecei tinha na cabeça que faria uma trilogia mesmo sem ter história para isso. Por agora vou permanecer com quatro, mas se tiver que aumentar ou diminuir o farei sem problemas.
      Obrigada!

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  2. Muito legal. Realmente são muitas coisas que nos tiram da trilha da escrita, mas é muito recompensador. Continue insistindo. Você mais que ninguém percebeu que escrever é algo muito difícil e não é pra qualquer um, então valerá o esforço. Você terá leitores e pessoas que vão ansiar pelas suas ideias. Procure tudo que lhe ajuda a melhorar nos textos e não deixe as boas ideias escaparem, e o principal, um livro é fruto de muita reescrita. Então nunca desanime em reescrever, reescrever, reescrever...Muito boa sorte.

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    1. Sim, escrever é aprender a não desistir nos primeiros tombos e acima de tudo ter persistência. Quando comecei achava que era só ter uma ideia e colocar um monte de palavras no papel, mas é muito mais do que isso e acredito que esse seja o motivo de tantos acabarem desistindo de suas histórias. É difícil, mas recompensa muito, tanto pelo próprio prazer de terminar um livro quanto pelo feedback de leitores. E não desistirei. Posso desanimar de vez em quando, mas estou escrevendo essa história há tanto tempo (quase metade da minha vida, na verdade) que nem consigo me imaginar sem ela.
      E muito obrigada pelas palavras. Significam muito.

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