3.0 estrelas fantasia

Resenha: The Stolen Throne, David Gaider

17:07neo

Dragon Age: The Stolen Throne | The Calling | Asunder | The Masked Empire | Last Flight | ?
David Gaider
Tor
★★★
Após sua mãe, a amada Rainha Rebelde, ser traída e assassinada por seus próprios lordes sem fé, o jovem Maric se torna o líder de um exército rebelde que tenta salvar sua nação do controle de um tirano estrangeiro.
Seus conterrâneos vivem com medo; seus comandantes o consideram inexperiente; e seus únicos aliados são Loghain, um impertinente jovem fora da lei que salvou sua vida, e Rowan, a linda guerreira que foi prometida a ele desde seu nascimento. Cercado de espiões e traidores, Maric deve encontrar um jeito não apenas de sobreviver, mas de alcançar seu destino: a liberdade de Ferelden e o retorno de sua linhagem ao trono roubado.

Aos que não sabem, eu adoro Dragon Age. Tipo, muito. Então quando eu soube que havia livros que se passavam no mundo dos jogos consegui ignorar o receio que tenho com obras desse tipo (o livro de Assassin’s Creed meio que me traumatizou) e tentar o primeiro volume, The Stolen Throne. Não posso dizer que me arrependi de ter tentado, mas bem, minha cisma com livros baseados em jogos continua (infelizmente) firme e forte.

The Stolen Throne é um prequel de Dragon Age: Origins e conta a história de Maric, filho da Rainha Rebelde, sua possível futura rainha, Rowan, e Loghain, o vilão do primeiro jogo. É no geral bem cliché; afinal, quantas vezes já não ouvimos a história do príncipe legítimo de tal reino tentando reconquistar o trono que pertenceu aos seus pais ou avós de um tirano? Nada aqui é novo. O que faria de The Stolen Throne um bom livro é justamente o universo do jogo e os personagens.

Problema sendo: nenhum desses dois aspectos é bem explorado.

A escrita tem um tanto de culpa nisso. Muito tell, pouco show, etc, etc, etc. A maior parte dos personagens sofre terrivelmente graças à (falta de) qualidade da escrita e quase nenhum consegue ter uma caracterização digna. Pra mim os únicos que chegaram a ser pelo menos satisfatórios foram Loghain e o mago do rei usurpador, Severan, e os trechos com POV dos dois foram de longe os melhores do livro inteiro.

E com personagens mal desenvolvidos vem, é claro, relacionamentos mal desenvolvidos. A amizade de Loghain e Maric, por exemplo, é muito mais contada do que mostrada, e em momento algum vemos os dois passarem de estranhos-forçados-a-viajar-juntos a amigos-lendários-de-Thedas. O mesmo pode ser tido de Maric e Katriel (o romance blergh 1) ou Loghain e Rowan (o romance blergh 2) ou literalmente qualquer outro relacionamento do livro. Aliás, todo mimimi de Loghain-Rowan-Maric-Katriel me fez revirar os olhos vezes demais para se contar.

O mundo foi bem menos explorado do que eu gostaria e acho que a culpa disso é o fato de que só fãs do jogo é que (provavelmente) lerão The Stolen Throne, então o autor não gasta muito tempo explicando nada já que todo mundo já sabe por causa do jogo. Por um lado, isso é sim bom porque tira uma boa parte de uma exposição que poderia ficar maçante, mas por outro… Bem, o mundo acabou ficando bem sem sal e sem personalidade. Acho que a escrita também não ajudou muito aqui.

O ritmo não é lá grande coisa graças aos pulos no tempo, que são, aliás, usados para justificar o desenvolvimento dos relacionamentos mencionados ali em cima (o que não cola comigo, sinto muito). A segunda parte é bem melhor do que a primeira nesse sentido e mais, hm, legal, de se ler também.

Mas, apesar dos pesares, The Stolen Throne é uma leitura relativamente rápida e possui uns momentos bem interessantes que fazem você continuar lendo quase sem perceber. Fica com 2.5 ou 3.0 estrelas, mas já que é Dragon Age, arredondemos para cima. 3.0 estrelas para The Stolen Throne

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