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Resenha: O Poder dos Elementos, Eder A. S. Traskini

13:06neo

Stânix: O Poder dos Elementos | ??
Eder A. S. Traskini
Novo Século
Stânix é uma terra medieval que já foi habitada por humanos, anões e elfos. Durante a primeira guerra, liderada pelo tirano Syrt, o império só foi salvo pela magia e inteligência dos elfos. Porém, esta importante raça foi obrigada a deixar o reino, incitada pela profecia da segunda guerra.
Aaron, um dos nascidos sob o sangue do primeiro grande conflito, foi deixado para trás, mas nem imagina o destino que lhe aguarda. Apenas ele pode salvar o reino.
A profecia está dita e Stânix está em suas mãos… 

Eu realmente odeio fazer resenha de livros brasileiros, e o motivo é simples: na maior parte das vezes eu odeio a história, a escrita e os personagens (por motivos que um dia ainda vou organizar em um post), mas ao contrário de quando faço resenha de livros gringos, o escritor pode, obviamente, acabar tropeçando nela e lendo-a. E, bem, eu escrevo. Eu sei o que é gastar meses (e às vezes anos) trabalhando em um livro e dando o seu melhor para que ele fique bom; consigo entender, portanto, que ler uma resenha negativa não é lá muito agradável. Mas não resenhar os livros brasileiros que leio é na minha opinião algo que causa ainda mais dano, e é exatamente por isso que ainda estou aqui, então né... Continuemos.


Stânix é o típico livro de um escritor iniciante. Não sei se esse é o caso, mas essa é a impressão que tenho quando paro para analisar a história, a escrita e os personagens. 

A escrita, para começar, é toda, mas toda MESMO, baseada no tell. Praticamente nada é mostrado, o que quer dizer que infodumps são a coisa mais comum de Stânix. E uma escrita que se resume apenas a contar ao invés de mostrar não me convence e, portanto, não é eficiente. Não senti nada além de tédio durante o livro todo, mesmo nos momentos mais tensos como as batalhas e a morte de certo personagem. Essa escrita contada é, aliás, a maior causa de Stânix ser um livro tão fino, tendo (se não me engano) 140 páginas, número que no mínimo duplicaria se o autor usasse um pouco de show ao invés de apenas tell

A história também não é lá muito original, o que na verdade não me incomoda tanto. Adoro um bom cliché, principalmente em livros de fantasia (sou fã de livros com profecias, para quem não sabe), mas bem, apenas quando esses clichés são bem construídos e desenvolvidos. Stânix passa bem longe disso; o plot é genérico, o worldbuilding é genérico, tudo é genérico. Tem até uma cena em que parte da profecia (porque óbvio que tem profecia, né) é revelada por uma pessoa misteriosa que é estupidamente parecida com a que eu escrevi em uma das versões mais antigas da minha história, lá quando ela era (ainda mais) genérica. E esse é o principal problema (além da escrita, que pra mim é uma das coisas mais importantes em qualquer livro, não importa o gênero) de Stânix: nada é novo e tudo eu já vi várias vezes em outros lugares.

Juntando a escrita ineficiente com a história genérica, não é surpresa alguma que os personagens sejam extremamente previsíveis e sem profundidade. São tropes apenas; mal desenvolvidos e rasos, sem muita vida para além do que é esperado do papel que ocupam. Sora pra mim é a melhor, mas ainda assim passa longe de ser uma boa personagem, e o resto então... Nem se fala.

Em conclusão: Stânix é tipo o primeiro rascunho de um livro ainda sendo escrito. Poderia sim ser uma leitura agradável, mas o amadorismo presente em todos os aspectos da história tornou isso impossível para mim. 1.0 estrela. 

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