Como provavelmente já sabem, estou deixando minha história principal, CF, de lado por um tempo para poder treinar com as minhas “ideias menores”. Passei os últimos dias pensando na que ganhou a votação que propus lá no tumblr (a primeira) e tentando bolar um plot de verdade, já que o que tenho é só a ideia básica mesmo. E foi aí que encontrei meu primeiro problema: faz tanto tempo que só penso, escrevo e desenvolvo CF que mal sei como diabos se faz isso para novas histórias.
A coisa só piora com o fato de que eu sou meio noob em fantasia urbana. Fantasia alta, baixa e épica são completamente minha praia, mas urbana? Nope. Não é nem de longe um subgênero que eu leia muito, apesar de eu já ter encontrado algumas histórias que me agradaram nele. Além disso, eu vinha sentindo um certo desconforto ao pensar na nova ideia (a chamemos pelo nome do conto por enquanto para facilitar, ou seja, por A Cidade Invertida), mas sem saber exatamente o que estava errado. O que fazer então?
Enquanto não encontrava resposta para essa pergunta, comecei a pesquisar os clichés do gênero e a fazer uma lista de livros de fantasia urbana para ler em breve (aceito sugestões, aliás). Mas hoje resolvi seguir as minhas próprias dicas sobre como ter ideias também e, puf, foi justamente ao fazer isso que me deparei com uma possível solução para meu problema.
Antes de tudo, devo dizer que tenho dificuldade em visualizar coisas. Personagens, lugares, etc, de livros sempre acabam na minha mente de forma bem básica e vaga (deve ser por isso que eu amo descrições), até mesmo meus próprios personagens e lugares. Por isso acabo relacionando algumas coisas às minhas histórias, coisas que me ajudam a visualizá-las melhor; cores, sentimentos, formas e sensações principalmente.
CF, por exemplo, é vermelha e preta, quente e cheia de ângulos e raiva/caos. Príncipe-Corvo, por outro lado, é preta e prata, fria, com gosto de ferrugem (?) e tomada por padrões de linhas intricadas. Arcanjo é dourada e branca com um pouco de vermelho, com curvas suaves e um tanto melancólica, e fria, mas nem de longe tão fria quanto Príncipe-Corvo. E assim por diante. Cada história que eu faço acabo tendo seu próprio conjunto de coisas que de certa forma me fazem lembrar delas.
A Cidade Invertida, porém, não as tem. Não ainda, pelo menos. Era isso que vinha me deixando desconfortável; por mais que eu tentasse, não conseguia visualizar a história e assim ver aonde diabos ela poderia acabar indo. Então é só encontrar coisas para associar à A Cidade Invertida conseguirei (provavelmente) desenvolvê-la com mais facilidade (ou pelo menos é nisso que escolho acreditar, né).
E isso significa que: passarei a tarde revirando a internet atrás de combinações de cores e de roupas, armas, etc, baseadas em formas geométricas. Simples, né?
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