diário de escrita
nanowrimo
Diário de Escrita - NaNoWriMo - últimos dias (22/11 - 30/11) + o que aprendi com o evento
21:23neo
Então, o NaNo acaba hoje! E eu acabei de validar o que escrevi esse mês lá no site do NaNo. No total, terminei com 60.041 palavras (apesar do NaNo dizer que são 60.144…)
- 22/11: Hoje foi um dia surpreendentemente bom. Escrevi 3.109 palavras de Rhy e Lysander brigando (meu novo hobby lol). Total: 51.916 das semanas anteriores + 3.109, 55.025.
- 23/11: Escrevi 1.538 palavras hoje, e penei horrores para fazê-lo. Total: 56.563.
- 24/11: Agora que passei os 50k, escrever está sendo mil vezes mais difícil. Escrevi 1.537 palavras quase morrendo. Total: 58.100.
- 25/11: Meu último dia verdadeiramente produtivo. Escrevi apenas 1.088 palavras. Total: 59.188.
- 26/11: Para não dizer que não escrevi nada, acrescentei mais 24 palavras lol. Total: 59.212.
- 27/11: Nada escrito.
- 28/11: Nada de novo.
- 29/11: Necas.
- 30/11: Hoje fiz um último esforço para escrever algumas palavras e fechar o mês com 60k. Escrevi 829 palavras. Total: 60.041.
Como podem ver, minha produtividade caiu bastante. Essa semana escrevi apenas 8.125 palavras, e a principal causa disso foi um buraco no meio da história mesmo. Eu não sabia como diabos chegar até o próximo plot point e por isso passei dias batendo a cabeça contra a parede. Até que uns dois dias atrás eu finalmente sentei a bunda na cadeira, abri o Scrivener e planejei todas as cenas que faltam na história.
Faltam 15 cenas até o fim da história. No momento estou terminando a primeira delas. Com uma média de 2 mil para cada uma (embora eu ache que algumas ficarão bem maior), ainda tenho mais 30 mil palavras para escrever.
Mas agora que finalmente superei esse buraco acho que as coisas vão voltar a fluir. Infelizmente só poderei voltar a me dedicar 100% à história semana que vem, já que tenho prova todos os dias até segunda (tirando sábado e domingo, claro). Como previ em um dos posts do mês, Masked Queen provavelmente vai terminar com 90k ou 100k.
O QUE APRENDI NO MEU PRIMEIRO NANOWRIMO
A coisa que vou tirar mesmo desse meu primeiro NaNo é bem simples, e bem óbvia: primeiro, você não pode editar uma página em branco e segundo, o primeiro rascunho é uma merda.
E sim, essas são coisas que literalmente todo mundo no mundo da escrita fala, mas eu sempre teimei em tentar fazer do meu primeiro rascunho a coisa mais perfeita do universo (ou a coisa menos horrenda que eu poderia fazer). Afinal, desde que comecei a postar na internet tudo que eu escrevia ia direto para os leitores, então a coisa toda tinha que estar ótima.
Mas essa cisma em querer um primeiro rascunho prefeito só me fez reescrever e é a principal causa de eu ainda não ter terminado nada. Com o NaNo eu não tive tempo de voltar e editar, e logo aprendi a ignorar completamente tudo o que eu tinha escrito nos dias anteriores em favor de continuar escrevendo. E foi ótimo. Com isso consegui focar em divertir bem mais com o próprio ato de escrever e de colocar a história no papel. Nunca tinha escrito tanto em tão pouco tempo, e já estou terminando o segundo arco do livro; agora só falta as últimas cenas dele e embarcarei no terceiro e último arco.
Meu objetivo é terminar esse rascunho no máximo em janeiro e então passar um tempo fazendo pesquisa sobre as coisas que tenho que incluir na história antes de começar a reescrita. E essa reescrita vai ser completa; acho que pouquíssimo se salvará desse primeiro rascunho, e por mim isso está ótimo. Tendo o esqueleto da história já descoberto, ficará muito mais fácil construí-la de fato.
Algo derivado dessas duas coisas que aprendi no NaNo foi ignorar as inconsistências. Tenho um bloco de notas lotado de coisas que tenho que acrescentar e mudar no que já escrevi, já que os personagens se referem à conversas e acontecimentos que nunca chegaram a ser escritos, mas que se localizam antes na história. Terei que preencher essas lacunas todas, claro, mas foi divertido escrever sem dar a mínima para consistência.
Also, descobri que posso ser competitiva. Geralmente não o sou nem um pingo por falta de coragem mesmo, mas vendo alguns dos meus writing buddies no site sempre um pouco à frente de mim me fez escrever mais algumas centenas de palavras todos os dias. Ou seja, a comunidade do NaNo é ótima para te encorajar a continuar (mesmo que você não seja tão competitivo assim - os sprints no Twitter, por exemplo, salvaram minha pele).
Enfim, é isso. E aqui vai o último trecho desse NaNoWriMo:
Lysander blinked. “I think… I think he was a king.” He hesitated. He wasn’t a he, of course, but how would he call him? His mother had told him about how neutral the elven language was, but avronian wasn’t like that. There wasn’t space for genderless people in the human language. He pushed the thought away from his mind. “Maybe the one who built this place, I guess.”
Now by his side, Rhy frowned. “Do you know elven?”
The prince almost snorted. I wish. “No, of course not, but I know a few words. Reading so much about them kind of helps with that,” he added upon seeing the surprised look on Rhy’s face. “There, I can read ruler before what I think it’s his name. It sounds like a name, at least.” It was his turn to frown. He barely noticed that Rhy observed him with a half amused, half confused expression. “Then there is library, his name again, children and, of course, Sakramest, the elven god of mysteries and lord of the night, and I think this word,” he pointed at the last one, and the less visible. “Means enter.” He paused. “Does that make any sense?”
“Library, dead elven king, children, elven god of mysteries and enter,” repeated Rhy. “Maybe he was really the one who built this place, I guess. It’s his library. I can’t make sense of the rest though.” He grinned. “You’re the one who loves elven stuff here.”
Ignoring the last part, Lysander bit his lip. “Maybe it is talking about the children of Sakramest, which were the elves, I think. And apparently only them can… enter here, I guess? But why-”
Lysander stomach dropped and all the air was knocked out of his lungs. He gasped and stepped back, but Rhy was looking at the image of old elven ruler and didn’t notice anything. The prince stayed still, his breathing quickening, and tried to push away the fear, the panic, he felt making its way through his body. Only children of Sakramest can enter here.
That’s how he had opened the secret passage. He had elven blood.
And so had the monsters, apparently.
“I don’t understand why they would need to have a place like this,” Rhy was saying, and Lysander forced himself to pay attention. A panicked scream was making his way up his throat already, but he pushed it away, suffocated it. “How would humans even reach this place before the Awakening? Unless,” he added. “There was some kind of invasion or war before that that I don’t know about, I guess. Do you know anything about it?”
Lysander tried to answer – yes, he did know of the floating elven cities being invaded once by human forces, but it had been so long ago no one really remembered anything about it other than the fact that it had happened – but his throat was dry, and his lips were sealed. Rhy turned to him, eyebrows raised at his silence, and then he frowned. “Lysander? Are you well?”
No. He wanted to scream or run away – his secret had never been so exposed, and he realized with a start, his life had never been so close to what could possibly end it. If Rhy realized what was happening… If he knew… He took a deep breath and cleared his throat, but the words didn’t come out; they seemed to get lost between his throat and his lips, and the Seeker was waiting.
Only children of Sakramest can enter here.
His eyes were back at the words on the wall and he looked away quickly, but it was too late; Rhy was already staring at them again too, the frown in his face deepening.
Lysander saw it happen; saw when his eyes widened in shock, saw when his brown skin turned pale and when he stepped back, surprise and a hint of fear and, below it, disgust, taking over his face, his characteristic grin gone. “You opened the door,” he whispered, voice so full of horror that Lysander couldn’t help but wince. “You have elven blood.”
Also:
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