3 estrelas fantasia

Resenha: The Emperor's Blades, Brian Staveley

14:49neo

Chronicle of the Unhewn Throne: The Emperor's Blades | The Providence of Fire | The Last Mortal Bond
Brian Staveley
Tor
★★★

O Imperador foi assassinado, deixando o Império Annuriano em caos. Agora seus descendentes devem enterrar seu luto e se preparar para desmascarar uma conspiração.
Seu filho Valyn, treinando para a força mais mortal do império, ouve as notícias a um oceano de distância. Ele esperava um desafio, mas após vários "acidentes" e o aviso de um soldado moribundo, ele percebe que sua vida também está em perigo. Antes de que Valyn possa entrar em ação, porém, ele tem que sobreviver à brutal iniciação dos Kettral.
Enquanto isso, a filha do Imperador, a ministra Adare, caça o assassino de seu pai na própria capital. A política da corte pode ser fatal, mas ela precisa de justiça. E Kaden, herdeiro de um império, estudo em um monastério remoto. Aqui, os dicípulos do Blank God lecionam seus difíceis ensinamentos - ensinamentos que Kaden precisa aprender para liberar seus poderes antigos. Quando uma delegação imperial chega, ele já aprendeu o suficiente para perceber sua intenção maligna. Mas tal conhecimento irá mantê-lo vivo enquanto poderes há muito escondidos despertam?

The Emperor's Blades é um livro muito estranho e o porquê é simples: nada de importância acontece nos primeiros 3/4 da história.

Certo, minto. Coisas acontecem, mas elas não parecem importantes. O começo foi ótimo, sim (principalmente o prólogo); afinal, o imperador foi assassinado em um encontro secreto com o sacerdote de uma das deusas mais populares do império, e tudo indica que há um plano para assassinar seus três filhos também, extinguindo assim a família real. E, o que é ainda mais interessante, há alguns indícios de que uma raça imortal que guerreou contra os humanos milênios atrás possa estar voltando. Com isso tudo, como o livro poderia dar errado?

Não tendo senso algum de urgência, é claro.

É daí que a impressão de que nada de importante acontece vem: não há tensão alguma em boa parte do livro. Tudo demora éons para se resolver e nesse meio é fácil perder qualquer preocupação que se tenha sobre o plano para matar os três personagens principais, Kaden (o herdeiro do trono, vivendo há 8 anos com os monges do Blank God), Valyn (que está treinando para se tornar um Kettral) e Adare, a filha mais velha que por ser mulher não pode herdar nadica de nada, mas que tem mais miolos do que Valyn e Kaden juntos (e que só aparece em CINCO de CINQUENTA capítulos. Well).

Em momento algum tive vontade de abandonar o livro, porém, porque a escrita me agradou bastante. Mas a vontade de continuar lendo também não dava as caras. The Emperor's Blades me lembrou bastante um conceito que meu irmão me explicou sobre jogos (não lembro o termo, oops): sabe quando você está jogando algo e é legal, mas quando você para não sente vontade alguma de voltar e continuar? Tipo, você sabe que vai ser legal quando você criar coragem pra abrir o diabo do jogo, mas nah. Não vale o esforço. Melhor continuar morgando na internet mesmo. Pra que gastar energia? 

Isso praticamente define The Emperor's Blades.

Outra coisa que me decepcionou foi o modo com que o mundo foi pouco explorado. Eu gostaria saber mais sobre os deuses antigos e os novos, por exemplo, e adoraria que os kettrals aparecessem mais. Aliás, Valyn está treinando para ser um Kettral, certo? Um Kettral é literalmente um guerreiro de elite que usa aves gigantes (os kettrals) para cumprir suas missões (aquela sombra ali atrás na capa é um kettral, sabe). Mas os kettrals quase não aparecem. Na verdade, só dão as caras no início e no final do livro. Tipo, um dos personagens está treinando pra usar AVES GIGANTES em batalhas e a gente mal vê os bichos??? Why??

Enfim, os últimos 15% do livro foram muito bons. Foi só aí que eu comecei a me importar o mínimo possível com os personagens e onde as coisas ficaram realmente interessantes. Mas sério, poderiam ter cortado umas 200 páginas de The Emperor's Blades e reorganizado as restantes e o resultado seria bem melhor. Acho que um dia lerei os próximos volumes, mas Deus sabe quando isso vai acontecer. Anyway, 3.0 estrelas.

Você pode gostar de:

2 comentários

  1. Vixe! Será que o autor não exagerou na ideia do primeiro livro ser mais introdutório e não ter tanto desenvolvimento da trama da série? Adorei a resenha. Abs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olha, eu achei muito introdutório mesmo. As coisas só começam a ficar boas mesmo no final, então os dois outros livros provavelmente são mais interessantes. E obrigada!

      Excluir

Formulário de contato