Não, eu não li todos os livros da minha lista para outubro e novembro. Para quem está com preguiça de clicar, os livros que eu tinha planejado ler nesses últimos dois meses eram: As Mentiras de Locke Lamora, The Young Elites, The Mirror Empire, Gardens of the Moon e A Canção do Sangue. Consegui terminar As Mentiras de Locke Lamora, The Young Elites e A Canção do Sangue e, em compensação, li todos os cinco livros de Percy Jackson e mais dois de Os Heróis do Olimpo, que não estavam na programação, mas acabaram acontecendo. Ah, e também li duas das últimas edições da Revista Trasgo. Resultado final: dez livros livros + duas revistas.
Levando em conta que até agora li 32 livros em 2014, acho que esses foram dois meses bem produtivos. Mas vamos ao que interessa.
Há um problema bem chatinho para as minhas leituras de dezembro e janeiro: eu não tenho mais nenhum livro físico não lido comigo (well, tenho Anjos da Morte e Os Doze, mas aí eu teria que reler A Batalha do Apocalipse, Herdeiros de Atlântida e A Passagem, e estou sem saco para eles no momento). Felizmente (ou não) estou disposta a torrar algum dinheiro em livros em inglês, já que não tem nada traduzido que eu queira ler no momento. E os livros que pretendo comprar são:
- The Goblin Emperor, Katherine Addison.
O mais novo e meio-goblin filho do Imperador tem vivido sua vida inteira em exílio, distante da Corte Imperial e da intriga mortal que a permeia. Mas quando seu pai e três irmãos na linha de sucessão do trono são mortos em um “acidente”, ele não tem outra escolha que não tomar seu lugar como o único herdeiro legítimo sobrevivente.Passei por esse livro batido na primeira vez em que o vi no Goodreads, e o motivo é bem simples: o goblin no título. Pode culpar O Senhor dos Anéis, mas até hoje evito goblins, orcs e similares como protagonistas de livros porque tenho a ideia fixada (e errônea, aparentemente) de que essas raças são “do mal” e fim. Mas esses dias o Fantasy-Faction postou uma resenha de The Goblin Emperor e a chamada dizia basicamente, “um livro de fantasia que não depende de violência para contar sua história”, o que quer dizer que cliquei no link na velocidade da luz. Além de uma resenha que falava muito bem da obra, encontrei também um trecho de uma entrevista que o site thebooksmugglers.com fez com a autora, Katherine Addison, em que os entrevistadores perguntam a ela se The Goblin Emperor era uma resposta ao subgênero Grimdark, já que Maia, o protagonista, é, bem, uma pessoa boa (chocante, eu sei). E a resposta dela foi:
Completamente despreparado na arte da política da corte, ele está sem amigos ou conselheiros, e tem total conhecimento de que quem quer que tenha assassinado seus pais e irmãos poderia tentar tirar sua vida a qualquer momento.
Cercado por bajuladores ansiosos para conseguir favores com o novo e ingênuo imperador, e oprimido pelos fardos de sua nova vida, ele não pode confiar em ninguém. Em meio ao turbilhão de tramas para depô-lo, ofertas de casamentos arranjados e o espectro de conspiradores desconhecidos que se escondem nas sombras, ele deve se ajustar rapidamente à vida como o Imperador Goblin. Todo esse tempo ele se encontra sozinho, e tentando encontrar até mesmo um único amigo … e esperando a possibilidade de romance, mas também vigilante contra os inimigos invisíveis que o ameaçam, para não perder seu trono - ou sua vida.
"Eu queria escrever uma história (que refletisse minhas próprias crenças éticas, sobre as quais eu me torno mais feroz na medida em que vou envelhecendo) na qual compaixão significasse força ao invés de fraqueza. Grimdark é, de certo modo, outra iteração do byronismo, e tem a mesma falha de se tornar auto-congratulatória sobre sua escuridão, pessimismo e cinismo. Depois de um tempo - e digo isso como uma praticamente de Grimdark - eu cansei disso. Foi um alívio escrever algo que não pensasse dessa forma, um alívio escrever um mundo que não funciona desse jeito. Grimdark não é a única cor.”E é nesse momento em que eu ergo as mãos pro céu e digo para mim mesma, amém, senhor.
Nem mesmo a possibilidade de um romance me assustou. Aliás, já mencionei que tem elfos?? Não?? Pois é, tem.
Also, 4.17 de nota no Goodreads, yo.
- The Steel Remains (A Land Fit for Heroes #01), Richard K. Morgan.
Um lorde das trevas vai se erguer. Essa é a profecia que segue Ringil Eskiath - ou Gil - um mercenário experiente e um herói de guerra de uma única vez cujo cinismo é superado apenas pela velocidade da sua espada. Gil é distante de sua família aristocrática, mas quando sua mãe pede sua ajuda para libertar uma prima vendida como escrava, Gil sai para localizá-la. Mas logo se torna evidente de que há mais em jogo do que o destino de uma jovem mulher. Feitiçarias sombrias estão despertando na terra. Alguns falam em sussurros do retorno dos Aldrain, uma raça amplamente temida, demônios cruéis, mas bonitos. Agora Gil e dois velhos companheiros são tudo que se interpõem no caminho de uma profecia cuja realização afogará o mundo inteiro em sangue. Mas com heróis como estes, a cura pode se mostrar pior do que a doença.
Em uma situação normal, eu correria na direção oposta desse livro ao ler “mercenário” e “cinismo é superado apenas pela velocidade de sua espada” e voltaria, não muito convencida, ao ler “retorno dos Aldrain, uma raça amplamente temida” e “uma profecia cuja realização afogará o mundo inteiro em sangue”. “Mas com heróis como estes” provavelmente acabaria me fazendo desistir de vez, porém, e esse seria o fim da minha relação com The Steel Remains, mas, well, essa é a única fantasia grimdark que eu conheço que tem um protagonista gay (sim, ele é gay e a guria escrava da sinopse aparentemente não é o par romântico) e o autor não tem medo de se declarar feminista, então, é, vou acabar dando uma chance a esse livro. A nota no Goodreads não é tão boa (3.68), mas né, a esperança é a última que morre.
Enfim. Oremos.
- Dragonflight (Dragonriders of Pern #01), Anne McCaffrey.
Como pode uma garota salvar todo o mundo?Venho querendo ler essa série desde 1500 a.C., desde que a vi listada como uma das obras de que Eragon roubou coisa (vínculo entre dragão e cavaleiro, etc, etc, com Dragonflight tendo sido publicado em 1968 e Eragon em 2002/2003 e coisa e tal), mas a falta coragem me impediu de pegar o primeiro livro pra ler. Mas Dragonflight irá ser adaptado para os cinemas, tem nota 4.07 no Goodreads, e oho, protagonista mulher + dragão fêmea + escrito por uma mulher = vitória!
Para os nobres que vivem em Benden Weyr, Lessa não é nada mas uma esfarrapda garota de cozinha. Durante a maior parte de sua vida, ela sobreviveu servindo aqueles que traíram seu pai e roubaram suas terras. Agora chegou a hora de Lessa deixar cair seu disfarce - e tomar de volta aquilo que é seu por direito.
Mas tudo muda quando ela encontra uma rainha dragão. O vínculo que elas compartilham será profundo e durará para sempre. Isso irá protegê-las quando, pela primeira vez em séculos, o mundo de Lessa é ameçado pelo Thread, uma substância maligna que caí como chuva e destrói tudo que toca. Dragões e seus Cavaleiros uma vez protegeram o planeta do Thread, mas muitos poucos existem atualmente. Agora a valente Lessa deve arriscar sua vida, e a vida de seu amado dragão, para salvar seu lindo mundo…
Isso porque Dragonflight foi publicado há mais de quarenta anos. E depois perguntam porque as fantasias atuais me enchem tanto o saco. Well.
- The Way of Kings (The Stormlight Archive #01), Brandon Sanderson.
Esse livro vai ser a última chance que darei a Brandon Sanderson. Já li Elantris e Mistborn, e nenhum dos dois me convenceu de verdade. Tenho até uma ideia do porquê passo tão :| pelos livros desse cara, mas vou deixar para expô-la na resenha de The Way of Kings, se ela vier a ser verdade. Mas falam tão bem desse livro que se ele for ruim eu desisto da vida. O problema será eu de fato, porque sinceramente, não faz sentido eu ser a única não afetada por nada que Sanderson escreve.
- City of Stairs, Robert Jackson Bennett.
Anos atrás, a cidade de Bulikov exercia os poderes dos deuses para conquistar o mundo. Mas depois que seus protetores divinos foram misteriosamente assassinados, o conquistador se tornou o conquistado; a orgulhosa história da cidade foi apagada e censurada, o progresso foi deixado para trás, e Bulikov é agora apenas mais um posto avançado colonial de novo poder geopolítico do mundo. Nessa mofada e retrógrada cidade pisa Shara Divani. Oficialmente, a mulher calma é apenas um outro diplomata humilde enviado pelos opressores de Bulikov. Extra-oficialmente, Shara é um dos mais talentosos mestres de espiões de seu país - enviada para investigar o assassinato brutal de um historiador aparentemente inofensivo. À medida que Shara persegue o mistério através da geografia física e política da cidade em constante em mudança, ela começa a suspeitar que os seres que antes protegiam Bulikov podem não estar tão mortos quanto parecem - e que suas próprias habilidades podem ser tocadas pelo divino também.Com uma boa nota no Goodreads (4.23) e uma fama cada vez maior, City of Stairs está na minha lista de livros a serem lidos há um bom tempo, e como é um volume único pensei em adiantá-lo logo para ver do que realmente essa história se trata [UPDATE: não é volume único. Ok, então]. A ideia de cidade com deuses/com seres que parecem deuses me lembrou um tico Elantris, mas o resto parece ser bem diferente (e a protagonista é uma mulher, né?).
Vou comprar alguns desses livros essa semana (porque né, $$$$$$). O problema (é, outro): livros importados podem demorar semanas para chegar aqui no Brasil. Como comentei mais cedo, decidi reler os livros de Eragon e ao mesmo tempo usar essa série para fazer uma espécie de guia sobre como não se escrever um livro de fantasia. Pretendo começar o primeiro volume, portanto, hoje mesmo.
Não comprarei The Mirror Empire porque ô livro caro, hein? Deixa pra depois. E não estou com muito saco para Gardens of the Moon, so.
De qualquer forma, e vocês, o que pretendem ler em dezembro e janeiro?
3 comentários
Sua resenha que me fez voltar a ter coragem para ler The Way of Kings (1000 páginas é muito comprometimento pra mim, ainda mais em uma série de dez livros). E, realmente, se eu não gostar desse livro vou acabar concluindo que o Sanderson não é para mim.
ResponderExcluirCapaz, essas 1.000 páginas voam, ainda mais tu que lê bastante e tem um e-reader pra levar por aí. Ah, esqueci até de comentar, já que sei que tu gosta: as personagens femininas têm um papel importante nessa história, não estão lá apenas para reprodução! hahaha
ResponderExcluirLeia logo e depois me diz o que achou!
Ouvi falar das personagens femininas de The Way of Kings e isso me fez ficar um pouco mais empolgada (porque né, em Mistborn tinha a Vin...E só...).
ResponderExcluirJá que The Way of Kings é grandinho, vou ler em livro físico mesmo. Planejo comprar essa semana, mas sabe-se lá quando vai chegar com a qualidade dos correios. Mas assim que chegar começarei sim.