A Canção de Aquiles

Madeline Miller

Bloomsbury Publishing

★★★

Greece in the age of heroes. Patroclus, an awkward young prince, has been exiled to the court of King Peleus and his perfect son Achilles. Despite their difference, Achilles befriends the shamed prince, and as they grow into young men skilled in the arts of war and medicine, their bond blossoms into something deeper - despite the displeasure of Achilles' mother Thetis, a cruel sea goddess.
But when word comes that Helen of Sparta has been kidnapped, Achilles must go to war in distant Troy and fulfill his destiny. Torn between love and fear for his friend, Patroclus goes with him, little knowing that the years that follow will test everything they hold dear. 

Acredito que não seja segredo nenhum que eu esperava muito desse livro. Sempre gostei da história da guerra de Troia, e uma versão dela como personagens LGBTQ parecia perfeita pra mim. Mas não funcionou. The Song of Achilles foi decepcionante.

Antes de mais nada, é preciso dizer que a escrita é excelente. Miller sabe muito bem como contar uma história, e é até meio difícil de acreditar que esse seja seu primeiro livro quando o assunto é a escrita. Mas infelizmente, The Song of Achilles é um livro que se equilibra em apenas uma coisa: o relacionamento de Achilles e Patroclus. O que quer dizer que se os dois não funcionarem para você, a história desmorona. E foi isso que aconteceu comigo. 

Como vocês já devem saber, romance pra mim só funciona se eu puder ver e entender como a coisa toda se desenvolveu. Se os pombinhos se apaixonarem super rápido, eu não vou engolir; se demorarem anos para se apaixonar e ainda assim a coisa toda for contada ao invés de mostrada, eu também não vou engolir. E o relacionamento de Achilles e Patroclus foi bem assim: eles passam anos juntos e obviamente se apaixonam em algum momento, mas é tudo contado e muito pouco é mostrado. Então puff, a história toda desmoronou pra mim antes mesmo de chegarmos na parte boa aka a guerra de Troia.

Outra coisa que me fez gostar menos desse livro foi o ritmo. As primeiras 200 páginas são, sem brincadeira, um grande e por vezes tedioso prólogo. A coisa só começa de verdade quando a guerra de Troia começa, e sério, leva metade do livro pra isso acontecer. E quando enfim chegamos lá, os dez anos se passam super rápido, e os personagens não mudam em nada. O Achilles e o Patroclus de 26 anos são iguais ao Achilles e ao Patroclus de dezesseis. Não há amadurecimento ou desenvolvimento. Necas. 

Eu não estava esperando morrer de tristeza no fim desse livro. Muita gente diz que é super triste e tal, e realmente, a história é triste sim, certo. Eu nunca choro com livros (com filmes, porém... sou uma manteiga derretida), mas eu estava esperando sentir algo... E isso não aconteceu. Terminei a história, joguei o tablet de lado e nem pensei nela novamente. The Song of Achilles não teve efeito nenhum em mim. 

Então, é isso: se o relacionamento de Achilles e Patroclus funcionar pra você, o livro com certeza vai te agradar. Se não... Bem, pelo menos é bem escrito, né? 3.0 estrelas.